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Performa Paço

Visitação

10/06/2011 a 11/06/2011

Com curadoria de Lucio Agra, o Performa Paço —“ Ações Extremas traz apresentações que exploram os limites do corpo humano. Haverá, ainda, debates entre os artistas e o público e mostra de vídeos. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público.

Concebido por Priscila Arantes, diretora técnica da instituição, o Performa Paço procura trazer produções que se articulam com as questões da performance e do corpo. —œDesde o ano passado, o Paço das Artes vem procurando abrir espaço às produções que dialogam com a performance, pois acreditamos que essa é uma linguagem extremamente importante para se entender as discussões que permeiam o contemporâneo—, afirma a diretora. 

Sob a curadoria de Lucio Agra, a primeira edição do projeto traz como tema Ações Extremas e apresenta performances que exploram os limites do corpo humano. O evento, que tem apoio da Associação Brasil Performance, traz 11 apresentações de artistas brasileiros e venezuelanos intercaladas com debates junto ao público —“ cujo objetivo é fazer com que os visitantes percebam o processo de criação pela visão dos próprios criadores. Os artistas desafiam suas capacidades físicas, produzindo atos que vão ao limite da ilegibilidade e do desconforto. A ideia se articula a uma referência básica da história da arte moderna brasileira – as Experiências do artista Flávio de Carvalho – para discutir as várias acepções pelas quais a noção de ação extrema é manipulada na performance. O corpo voluntariamente se sujeita à experiência limítrofe e, sucessivamente, coloca-se em situações de risco físico e de tensão, controladas com muito esforço. —œA performance é uma linguagem artística que busca sempre essa fronteira não-franqueada, lá onde as demais artes deixam de arriscar seus instrumentos de navegação—, afirma o curador.A proposta do evento é intercalar as apresentações com debates entre os artistas e o público. As conversas terão como moderadoras as pesquisadoras Maíra Vaz Valente e Juliana Rego, e o foco das discussões será sempre o tema do evento e a trajetória de cada artista. O objetivo dessas duas etapas complementares é possibilitar ao público imergir tanto no processo criativo quanto na execução das performances.—œCom essa iniciativa, nossa intenção é entrar para o calendário dos eventos de performance em São Paulo e, ao mesmo tempo, ativar o Espaço Subsolo do Paço das Artes como um lugar de referência para esse tipo de arte na cidade—œ, revela Lucio Agra.A mostra de vídeos Ações Extremas><Limites Difusos, com curadoria de Lilian Amaral, ocorre paralelamente à realização das performances no espaço Subsolo do Paço das Artes. Contínua e em monocanal, a mostra reúne vídeos dos artistas que realizam performances durante os dois dias do evento.

Lucio Agra, Recife/PE (1960), cresceu em Petrópolis, Rio de Janeiro, e há mais de 10 anos mora em São Paulo. Graduou-se em Letras na UFRJ e concluiu seu Mestrado e Doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP, onde até hoje trabalha como Professor Adjunto do Departamento de Linguagens do Corpo. Colaborou com Renato Cohen (1956-2003) desde 1997, tanto artisticamente quanto como membro da equipe de professores de performance da Graduação em Comunicação das Artes do Corpo, onde lidera, juntamente com Naira Ciotti, o Grupo de Estudos da Performance. Como artista, desenvolveu pesquisa em torno aos trabalhos de Kurt Schwitters (1887-1948), apresentando sua Ursonate em 2000, 01, 02, 03, 07 e 10 – desta última vez na 29ª Bienal Internacional de São Paulo. Desenvolveu, em paralelo, um “mix” de performance, sound poetry e improviso musical livre com os grupos (demo)lição (Paris, Montevideo e São Paulo, 2007/08) e Orquestra Descarrego. Apresentou performances e palestras em diversos festivais nacionais e internacionais tais como E-Poetry (2001) e E-Poetry Paris (2007), RIAP (Québec, 2010), Instituto Hemisferico (Bogotá, 2009), Encontro de Poesia Experimental (Montevideo, 2009), 10 Dimensões (Natal), Vazio (Manaus) e Performance, corpo, política, tecnologia (Brasília), todos em 2010. Em 2011 participou do Festival Performance Arte Brasil (MAM-RJ) e do Projeto Integração SP-Québec (Sesc Pinheiros). Em 2009 foi um dos indicados para o Prêmio Sérgio Motta na categoria obra em meio de carreira. Autor de “Selva Bamba” (poemas, 1994), História da Arte do séc. XX – Ideias e Movimentos (ensaio, 2006) e Monstrutivismo – reta e curva das vanguardas (Perspectiva, 2010).

Na mesma ocasião, o Paço das Artes inicia a coleta das doações da Campanha do Agasalho 2011. Participe.

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