Linha do tempo


1969

A abertura da exposição coletiva Pintores do Brasil, que contou com a presença de Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, marca a inauguração do Paço das Artes em 17 de novembro pelo governador Abreu Sodré. Tratava-se de uma galeria da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo do Estado de São Paulo, localizada no n° 326 da Avenida Paulista.


1970

No dia 25 de março, por meio do Decreto n° 52.423, assinado pelo governador Abreu Sodré, o Paço das Artes é oficialmente criado como uma instituição subordinada ao Conselho Estadual de Cultura. No dia 1° de abril do mesmo ano, é inaugurada a exposição coletiva A gravura brasileira.


1973

No dia 1° de março, o Paço das Artes é provisoriamente transferido para uma sala na Pinacoteca do Estado de São Paulo, na Praça da Luz, onde aguarda a transferência para uma nova sede. Durante esses dois anos, a equipe se dedica ao levantamento biográfico de artistas contemporâneos brasileiros.


1975

Em fevereiro, o Paço das Artes e o Museu da Imagem e do Som (MIS) são transferidos, juntos, para a nova sede localizada no n° 158 da Avenida Europa. No dia 27, o MIS inaugura a exposição Memória paulistana, focada em fotografia. Em colaboração com a exposição do MIS, o Paço das Artes organiza uma exposição de artes plásticas.


1980

Comemorações dos dez anos do Paço das Artes com a exposição Imagens da dança, o espetáculo Serei esta canção para sempre, que ilustrou musicalmente as exposições mais importantes realizadas desde sua criação, além de uma homenagem aos professores e pesquisadores que colaboraram na descoberta e divulgação de trabalhos de diversos artistas.


1983

Em julho, o Paço das Artes recebe a exposição História da pintura brasileira do século XIX, vinda do Rio de Janeiro e considerada uma das mais completas do gênero pelos críticos da época.


1987

Um olhar sistemático voltado para a produção contemporânea estabeleceu-se no Paço das Artes a partir do final deste ano, quando o espaço passou a abrigar exposições com curadorias de Maria Alice Milliet, Agnaldo Farias, Tadeu Chiarelli e Paulo Herkenhoff, entre outros.


1990

Comemoração dos vinte anos da instituição, com um show musical de Cláudio Goldman e Pedro Moreno, uma intervenção da bailarina Tian-Hsien Chang e a abertura da exposição O espaço do artista quando jovem, com obras de Arcangelo Ianelli, considerado um dos mestres brasileiros do abstrato.


1994

O Paço das Artes ganha uma nova sede, localizada na Cidade Universitária (USP), passando a ocupar um prédio inacabado de arquitetura modernista, projetado nos anos 1970 por Jorge Wilheim. A exposição novospaços 95, que selecionou obras de quinze artistas entre os mais de quatrocentos portfólios enviados, marcou a abertura em outubro.


1996

Processo de renovação da programação e da utilização das instalações do Paço das Artes durante a breve gestão do diretor Ricardo Ribenboim. Em setembro, o subsolo do edifício é inaugurado como espaço teatral com a peça O retiro dos sonhos.


1997

Primeira edição da Temporada de Projeto, programa concebido por Ricardo Ribenboim e pela então curadora Daniela Bousso, com o objetivo de abrir espaço à produção, ao fomento e à difusão da prática artística jovem realizada. Foram 22 projetos selecionados entre os 210 enviados.


2000

A exposição entre nós, que integrou as comemorações dos quinhentos anos do descobrimento Brasil e teve curadoria de Maria Alice Milliet, ocupa o espaço expositivo com vídeos, fotos, esculturas e instalações de Adriana Varejão, Carlos Nader, Carmela Gross, Eder Santos, Miguel Rio Branco, Nelson Lerner, Rosângela Rennó, entre outros artistas contemporâneos.


2005

Comemoração de seus 35 anos com a abertura da exposição Ocupação, que apresenta uma proposta artística totalmente livre, na qual setenta artistas, em discussão com críticos e com o público, construíram suas obras no local, sem um projeto pré-definido e sem a obrigatoriedade de resultados concretos. A mostra ganha o prêmio APCA de melhor iniciativa cultural do ano.


2010

Resgate da memória institucional e comemoração de 40 anos, tendo como destaque o lançamento do projeto Livro_acervo Paço das Artes 40 anos, contendo obras inéditas, uma enciclopédia da Temporada de Projetos e um CD-ROM com registro da instalação 66X96, na qual todos os artistas da Enciclopédia Temporada de Projetos foram convidados a enviar um depoimento de até 1 minuto para a montagem de uma instalação sonora.


2012

Em dezembro, o Paço das Artes desenvolve mais um projeto voltado para o diálogo com questões ligadas a arquivos, coleções e dispositivos de memória. A exposição Para além do arquivo convidou quinze artistas que passaram pelo Paço das Artes em diferentes exposições. Essa mostra foi apresentada também no Centro Cultural Banco do Nordeste de Fortaleza (CE).


2013

Em outubro, o Paço das Artes abriu a mostra Arquivo vivo, que encerra a trilogia sobre o tema e apresenta o tema sob três perspectivas: arquivo e apropriação de documentos e obras da história e da história da arte; arquivo no corpo e corpo como arquivo; e arquivo de artista, arquivo institucional e banco de dados.


2014

Em novembro, o Paço das Artes lança o MaPA: Memória Paço das Artes, uma plataforma digital de arte contemporânea, idealizada por Priscila Arantes, diretora e curadora da instituição, composta por imagens, textos, vídeos e entrevistas referentes aos artistas, obras, curadores e membros do júri que passaram pela Temporada de Projetos, desde sua criação.


2016

O mês de março é marcado pelo encerramento oficial das atividades do Paço das Artes na Cidade Universitária após 22 anos de atuação no local onde se consagrou como um dos maiores centros de experimentação artística do país. Até o fim de 2019 o Paço ocupa provisoriamente uma sala do Museu da Imagem e do Som e realiza exposições em parcerias, a exemplo da ISSOÉOSSODISSO, de Lenora de Barros, que aconteceu na Oficina Cultural Oswald de Andrade.


2018

Em dezembro, é assinado o Termo de Cessão de uma parte do Casarão Nhonhô Magalhães, oficializando o espaço como nova sede do Paço das Artes. O casarão foi construído na década de 1930 para ser a residência da família de Carlos Leôncio de Magalhães, o “barão do café”. Foram iniciados os projetos para adaptar o espaço para abrigar o Paço das Artes.


2020

No dia 25 de janeiro é inaugurada a nova sede do Paço das Artes com a exposição Limiares, de Regina Silveira, com obras pensadas especialmente para o espaço. Em março, por conta da pandemia da Covid-19, o espaço ficou fechado para visitação, tendo reaberto ao público no final do ano.


2022

O Paço abre apresenta a exposição Modernismo desde aqui, que integra as comemorações dos duzentos anos da Semana de Arte Moderna. Com curadoria de Claudinei Roberto da Silva, realiza uma leitura descolonizante da cultura e das artes do Brasil, colocando em diálogo nomes como Tarsila do Amaral e Lasar Segall com artistas contemporâneos como Nilda Neves, Santídio Pereira e Wagner Celestino.

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