Nova Fotografia 10 Anos

Em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, a mostra apresenta trabalhos fotográficos dos artistas selecionados na convocatória Nova Fotografia entre 2012 e 2021.

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27/12/2022 a 19/02/2023

O Paço das Artes realiza, em parceria com Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, a mostra comemorativa Nova Fotografia 10 Anos. A partir de 27 de dezembro, serão exibidos 60 trabalhos de fotógrafos contemplados pela convocatória do MIS, que se distinguem pela qualidade e inovação.

A mostra traz a diversidade e amplitude de técnicas, temas e abordagens características das obras do Nova Fotografia, uma das mais importantes convocatórias dedicadas ao setor. Os trabalhos revelam traços do cotidiano de cidades e povos, curiosidades e peculiaridades de dinâmicas socioculturais e mostram experimentações analógicas e digitais.

A edição comemorativa vai apresentar uma obra de cada um dos artistas selecionados entre 2012 e 2021, oferecendo uma retrospectiva dos primeiros dez anos do projeto, responsável por difundir e abrir espaço no circuito cultural para novos artistas. Vale ressaltar que todos os trabalhos presentes na mostra integram o Acervo MIS.

Confira alguns destaques da exposição

A realidade dos palestinos e israelenses em Tel Aviv, Jerusalém, é apresentada em “Entre muros e ideias”, de Marcos Muniz. A fotografia aborda o debate sobre o conflito entre os povos, enraizados e inerentes no cotidiano. “A pluralidade cultural e étnica de Jerusalém reforça a discussão de que é preciso reatar os laços seculares de dois povos manchados por conflitos e desentendimentos”, cita o artista. Registros de visitas ao continente africano e asiático fazem parte do trabalho “Bazares”, de Silvio Piesco. O fotógrafo passou por inúmeras cidades e vilarejos, registrando histórias e expressões culturais de dezenas de bazares e feiras.

Em “Metrópolis”, tributo ao filme de mesmo nome dirigido por Fritz Lang, em 1917, o fotógrafo Marcus Laranjeira utiliza construções e projetos urbanísticos para propor uma nova interpretação da cidade de São Paulo. Flávia Junqueira participa da retrospectiva com “Balões”, que propõe a discussão entre os universos “real” e “ideal”. Neste trabalho, a artista apresenta objetos presentes na realidade que se misturam com a memória e a imaginação.

O fotógrafo Guilherme Botelho mostra a relação do indivíduo com o entorno em “Voltar ao lugar onde se foi feliz”. Com fotografias produzidas em Paris, França, o artista investiga a conexão do sujeito com lugares cotidianos, mostrando um olhar sobre o espaço em que cada um habita, “Essa diversidade de cenários corresponde à intenção de transitar entre espaços urbanos, rurais, desérticos, litorâneos e paisagens de diferentes culturas”, descreve Guilherme. O reggae, muito presente na cidade de São Luís, no Maranhão, é tema do trabalho “Radiolas”, de Felipe Larozza. O fotógrafo registrou diversas radiolas – equipamentos de som formados por DJs, montadores e aparelhagens com potentes amplificadores de som.

Paula Clerman traduz a aparência dos estadunidenses em “Beleza americana”. A fotógrafa expõe suas observações sobre como a beleza é tratada no país norte-americano. “Unhas e cílios postiços, cabelos coloridos, amarrados e soltos, tudo é válido”, afirma Paula. A fotógrafa Gordana Manic participa da mostra com o trabalho “Réquiem”, marcado pela utilização de tempos de exposição longos para a movimentação frente à câmera, resultando na criação de imagens desfocadas.

Tipos”, de Fernando Banzi, apresenta fotopinturas digitais produzidas em retratos do fotógrafo Alberto Henschel – responsável por registros do Rio de Janeiro e da monarquia brasileira durante o reinado de D. Pedro II. Em seu trabalho, Fernando utiliza retratos de negros e negras alforriados, produzidos por Henschel em Recife e Salvador em 1860, e ressignifica a questão histórica relacionada à população negra brasileira. A presença dos muçulmanos de origem africana na sociedade brasileira é apresentada em “Tarikh al-Brasil”, de Marcelo Schellini. O projeto reúne olhares, mãos que seguram um Alcorão, um copo escrito “eu amo Islã”, entre outras temáticas.

As consequências do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais, são mostradas em “Silêncio”, de Stess Panissi. “Fotografias dominadas pelo tom de marrom da lama permeiam o projeto. O trabalho procura dar visibilidade a uma parte oculta da catástrofe, mostrando o cenário de Paracatu de Baixo, um subdistrito de Mariana que pouco apareceu na mídia”, afirma.

Em parceria com o Museu da Imagem e do Som (MIS) de São Paulo, a mostra apresenta trabalhos fotográficos dos artistas selecionados na convocatória Nova Fotografia entre 2012 e 2021.

Data: 27.12 a 19.02.2023

Visitas: de terça a sábado, das 11h às 19h, domingos e feriados, das 12h às 18h

Local: Paço das Artes – R. Albuquerque Lins, 1345 – Higienópolis

Ingresso: gratuito

A exposição conta com recursos de acessibilidade

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