EXPOSIÇÃO

Ainda não é o fim do mundo

Visitação

31.01 a 11.05.2025

Horário

Terça a sábado, das 11h às 19h; domingos e feriados, das 12h às 18h

Local

Paço das Artes
Rua Albuquerque Lins, 1345 – Higienópolis

Ingresso

Gratuito

O Paço das Artes, inaugura a agenda 2025 de exposições com a coletiva inédita Ainda não é o fim do mundo.

Com curadoria de Renato De Cara, curador do Paço das Artes, a exposição traz 58 trabalhos de 18 artistas que, por meio de suas obras, refletem sobre os impactos significativos e, muitas vezes, irreversíveis das ações humanas ao meio ambiente. Para além das mudanças nas paisagens, os artistas exibem exercícios de imaginação para um futuro fantasioso, investigando linguagens, representações utópicas, apocalípticas e objetos ficcionais.

Artistas convidados: Alexandre Ignácio Alves, Ariel Spadari, Brunøvaes, Chico Santos, Felipe Góes, Hugo Fortes, Lalo de Almeida, Leila de Sarquis, Luanna Jimenes, Marcelo Moscheta, Mauricio Parra, Meia, Mercedes Lachmann, Rafaela Foz, Ricardo Barcellos, Rosa Hollmann, Uýra, Virginia de Medeiros.  

Alexandre Ignácio Alves (São Paulo, 1968)
Em seu trabalho, investiga as possibilidades interpretativas dos gêneros clássicos da pintura na contemporaneidade. Tem se dedicado, há alguns anos, especialmente à pesquisa de retratos, geralmente de afrodescendentes, e à paisagem, ampliando, colocando as fronteiras dos possíveis significados e subvertendo as expectativas visuais do tema.  

Ariel Spadari (São Paulo, 1986)
Vive e trabalha em Florianópolis. É formado em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, une arte e natureza em sua produção. Com formação complementar em ciências biológicas, como botânica e taxidermia, explora materiais orgânicos e inorgânicos em suas obras. Atualmente, é pesquisador no grupo IMAGINATUR e desenvolve um mestrado em poéticas visuais, focado na relação entre arte e natureza.  

Brunøvaes (São Bernardo do Campo, SP, 1985)
Tem licenciatura em arte pela Febasp, especialização em artes visuais pela Unesp e é bolsista Capes no Mestrado em Poéticas Visuais na USP. Sua poética permeia as relações do ser humano interagindo no mundo e a alteridade relacionada a gêneros e espécies. Tem profunda vivência em arte-educação.  

Chico Santos (Londrina, PR, 1982)
Graduado em educação artística e pós-graduado em mídias interativas, trabalhou como diretor de TV e vídeos publicitários. Após morar na zona rural, dedica-se inteiramente à arte contemporânea, com uma pesquisa sobre o crescimento urbano em áreas ambientais. Faz uso de metáforas visuais e memórias para criar uma realidade estranha, a fim de preservar a anima das florestas.  

Felipe Góes (São Paulo, 1983)
O artista realizou residências artísticas e exposições no Brasil e no exterior. Trabalha principalmente com imagens de paisagens e cosmos, com o objetivo de fornecer ao público novas maneiras de se relacionar com as imagens, esperando que os espectadores estabeleçam conexões entre as imagens e seu próprio repertório de memórias e experiências.
Por fim, busca discutir a produção e percepção de imagens na contemporaneidade, ao abordar questões relacionadas à arte, ao meio ambiente e nossa existência no planeta Terra.  

Hugo Fortes (Araraquara, SP, 1968)
Artista visual, curador, designer e professor associado da Universidade de São Paulo. Já apresentou seu trabalho em mais de quinze países. Doutor e livre-docente em artes pela ECA USP. De 2004 a 2006, viveu em Berlim, como bolsista do Serviço de Intercâmbio Acadêmico Alemão (DAAD), para realização de estágio doutoral. Sua pesquisa é voltada para as relações entre arte e natureza, com destaque para questões relativas à paisagem, aos animais e à água.  

Lalo de Almeida (São Paulo, 1970)
Estudou fotografia no Istituto Europeo di Design, em Milão, Itália. Há mais de trinta anos, colabora com o jornal Folha de S.Paulo, onde vem desenvolvendo narrativas multimídia premiadas internacionalmente. Com o projeto Distopia amazônica, recebeu o Eugene Smith Grant in Humanistic Photography e foi o vencedor global na categoria Projetos de Longo Prazo no World Press Photo, em 2022. Em 2024, foi novamente premiado no World Press Photo com seu trabalho sobre a seca na Amazônia.  

Leila de Sarquis (São Paulo, 1940)
É artista plástica e escritora. Sua produção artística é voltada para pinturas, esculturas, desenhos e instalações com narrativas que falam do ser humano e suas relações com o mundo. Em seu percurso, participou de coletivas e individuais no Brasil e no exterior.   

Luanna Jimenes (São Paulo, 1980)
É artista, educadora e pesquisadora das artes da presença e da performance. Tem formação em teatro, diferentes especializações em dança e artes do corpo, pós-graduação em cenografia e figurino na Belas Artes, mestrado em estética e história da arte na USP. É doutoranda em performance na Unicamp. Suas criações abordam as questões do comportamento e do corpo no espaço urbano e rural, e se desdobram em publicações textuais, performances, espetáculos, instalações e mídias audiovisuais.   

Marcelo Moscheta (São José do Rio Preto, SP, 1976)
Vive e trabalha em Coimbra, Portugal, onde desenvolve sua pesquisa de doutorado em arte contemporânea. Sua investigação tem como objetivo as relações primordiais do homem com o meio ambiente, como as intervenções humanas surgem, a partir dos atos de perambular e caminhar. Heterocronias, deslocamento, território, paisagem e memória são seus principais interesses. Problemas de escala e abordagens científicas fictícias são usados para sobrepor aspectos culturais aos recursos naturais, intervenções humanas singulares em áreas isoladas e como o pensamento ecológico está moldando a arquitetura e o uso da terra.  

Mauricio Parra (São Paulo, 1976)
Divide o tempo entre São Paulo e Pindamonhangaba, cidade onde cresceu. Hoje se dedica a pintar na paisagem de observação direta, construindo como um diário da passagem do tempo, ao observar a mesma árvore por anos. É formado em arquitetura e urbanismo pela Unitau. Utiliza-se das técnicas da pintura a óleo e da gravura em metal para representar o universo de interesse de seu olhar.   

Meia (São Paulo, 1994)
É licenciado em artes plásticas pela UniPlena Educacional e bacharel em artes visuais pela Escola de Comunicações e Artes (ECA), Universidade de São Paulo (USP). Meia tem sua prática fundamentada em uma pesquisa em torno da pintura de paisagem, de suas formas, história e sentidos. Suas paisagens começam a ser elaboradas pelo trânsito do artista, em seus deslocamentos pelas ruas ou por seus ciclos de afetos. Ambos os circuitos o equipam com material para a elaboração de suas pinturas. 

Mercedes Lachmann (Rio de Janeiro, 1964)
É uma artista multidisciplinar vivendo entre o Rio de Janeiro e O Porto, Portugal. Graduou-se em comunicação visual pela PUC-RJ, em 1986, e frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, participando de várias formações com artistas e curadores. A arte de Mercedes aborda questões contemporâneas, como o ecofeminismo e a ecologia profunda. A artista apresentou inúmeras exposições no Brasil e no exterior, e seu trabalho integra coleções públicas e particulares.


Rafaela Foz (São Paulo, 1994)
Formada em artes visuais pela Fundação Armando Alvares Penteado, vive e trabalha em São Paulo. Sua prática artística pode ser caracterizada como multimídia, orientada por conceitos e fundamentada no tempo e no processo. Baseia-se na coleta e no registro de elementos cotidianos para criar trabalhos que exploram a passagem do tempo através do acúmulo de experiências, imagens e objetos encontrados ao longo de uma temporalidade dilatada. A partir do desenho, da colagem, da gravura, do objeto e da videoinstalação, suas obras refletem noções antagônicas como profundidade e superficialidade, fragilidade e solidez, peso e leveza. E tudo converge em direção à paisagem.  

Ricardo Barcellos (Porto Alegre, 1969)
Vive e trabalha em São Paulo. Entende sua prática a partir de deslocamentos nos percursos que levam imagens à condição de promessa. O artista elabora séries que exploram a noção de extravio, no sentido literal do termo, como se cada obra buscasse desestabilizar o senso comum da prática com a qual ele mantém estreita relação, ou seja, aquela parcela da produção de imagens relacionada à sedução e idealização.   

Rosa Hollmann (Maringá, PR, 1954)
Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Atuando no campo da pintura, desenvolveu uma série de procedimentos para criar imagens a partir de acontecimentos pictóricos. Inspirada pela tradição dos afrescos, sua pintura caracteriza-se pelo uso de uma densa camada de gesso, sobre a qual a artista trabalha como uma arqueóloga. As manchas resultantes da escavação sobre essa matéria ancoram as figuras imaginadas pela artista, geralmente bichos, seres híbridos e mitológicos que compõem cenas carregadas de lirismo e ludicidade. 

Uýra (indígena em diáspora, dois espíritos [travesti], Manaus, AM, 1992)
É bióloga e mestra em ecologia da Amazônia. Atua como artista visual e arte-educadora de comunidades tradicionais. Mora em um território industrial no meio da floresta, onde se transforma para viver uma “árvore que anda”, sempre criada com elementos orgânicos. Utiliza o corpo como suporte para narrar histórias de diferentes naturezas via fotoperformance, performance e instalações. Interessa-se pelos sistemas vivos e suas violações e, a partir da ótica da diversidade, da dissidência, do funcionamento e da adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantarias e diásporas existentes na paisagem floresta-cidade. 

Virginia de Medeiros (Feira de Santana, BA, 1973)
Sua prática artística tem como eixo a alteridade e o ambivalente, o afetivo e o imagético campo das relações. A artista participou das 27ª e 31ª edições da Bienal de São Paulo. Em 2015, ganhou o Prêmio PIPA, voto popular e júri; foi artista premiada na 5ª edição do Prêmio Marcantonio Vilaça. Foi vencedora do 18º Festival Internacional de Arte Contemporânea Sesc_Videobrasil e artista comissionada da 11a Bienal de Arte Contemporânea de Berlim, 2020.  

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