Data
10/03/2022
Data: 10.03, 14h às 15h
Local: Atividade Presencial – Espaço Expositivo Paço das Artes
Ingresso:—¯Gratuito—¯
Classificação: Livre—¯
A Rádio Livre—¯#06, do artista Gustavo Torrezan, integra a exposição “Máscaras: fetiches e fantasmagorias” que tem curadoria de Mirtes Marins de Oliveira. A rádio é um canal de difusão e amplificação de vozes, instalada em diferentes localidades que tem o objetivo de viabilizar alternativas comunicativas em contraponto ao monopólio midiático. O projeto aposta na livre elaboração de conteúdo com interlocutores independentes.
A participação é gratuita e presencial, basta comparecer no Paço no início da atividade, sem a necessidade de inscrição prévia. Na atividade será possível conhecer o funcionamento da rádio e experimentar fazer um programa ao vivo. Será também possível saber mais sobre a experiência de Nildo com a radiofonia, que falará sobre os equipamentos básicos para montar uma emissora e um estúdio de rádio tanto por FM (frequência modulada) quanto pela internet (web rádio) com vistas a construções comunitárias de fazer coletivo e amplificação de vozes e paultas de lutas populares.
Sobre os participantes
Nildo Raggae é baiano de Feira de Santana, músico e radialista popular intuitivo. Acolhido pelo Capão Redondo desde sua—¯chegada à São Paulo há 40 anos, transformou as questões do bairro em luta cotidiana desde sua primeira experiência com o rádio, divulgando os eventos culturais, esportivos e diferentes temáticas da região e principalmente a palavra dos seus ouvintes.
Sobre o artista
Gustavo Torrezan é artista, pesquisador, educador. Em sua prática artística, volta-se a refletir sobre as estruturas de poder que configuram historicamente as organizações coletivas, bem como suas constituições culturais e identitárias. Realiza trabalhos híbridos nas quais se vale de diferentes materiais e disciplinas para discutir sobre relações de domínio, a partir das quais se modulam os processos de subjetivação da sociedade. Assim, tem interessado em observar o papel do Estado, de seus regimes administrativos, de suas autoridades e instituições. Nesse processo, evoca os campos da sociologia e da geopolítica em suas pesquisas conceituais, fazendo, muitas vezes, uso de símbolos oficiais da nação para tencionar suas conotações. Para além da experimentação com a síntese formal e com procedimentos de revisão simbólica, propõe também o debate sobre os mecanismos de poder em dispositivos do sistema das artes, aproximando-se das questões de arquivo, memória, espaço e lugar. Por vezes, seus trabalhos insurgem de circunstâncias comunitárias específicas e aproxima-se dos processos sociais ligados a uma determinada localidade. Nesse sentido, as noções de colaboração e de dialogia também vêm sendo exercitadas em sua produção.