Visitação
24/06/1997 a 13/07/1997
O artista se apropria de estruturas de objetos retirados de seu universo pessoal, cheio de memória e objetos da infância. Os objetos aparentemente herméticos, quando observados e percebidos, podem tornar-se convidativos à s nossas memórias e lembranças comuns.
São referências constantes nas esculturas de João Loureiro questões surgidas de seu universo pessoal, povoado de memórias e objetos da infância. O artista se apropria da estrutura de alguns desses objetos como o “Puf” desmembrando-o em gomos com os quais constrói novas formas que se estendem pelo chão. Algumas das esculturas referem-se a questões do universo católico, abordado através do mobiliário da igreja. O banco, o genuflexório, o confessionário recebem releituras crÃticas, tem suas formas e funções subvertidas pelo desenho do artista. O assento do banco fica inacessÃvel à medida em que Loureiro o torna circular, sendo então só possÃvel ajoelhar no longo genuflexório que nos é oferecido. Os pecados são aprisionados num confessionário sem saÃda, objeto de madeira com aparência quente e escala familiar.