Visitação
29/05/2013 a 21/07/2013
Geraldo Lima e Rachel Zuanon são os artistas convidados para realizar as instalações site-specific que ocupam o Espaço do Quadrado e a sala de vÃdeos Paço para Ver, espaços alternativos da instituição; saiba mais
Duas frases dão inicio a este projeto: —beleza e amor são para serem dados, não para serem guardados, pois morre quem só ama a si próprio— e —aquele que tudo dá, se destrói por não guardar nada para si—. Nelas se instauram a base de sua concepção: de um lado Narciso e de outro Eco. Essa é a sÃntese das conversas entre os artistas e designers Rachel Zuanon e Geraldo Lima com a cientista social Adriana Martinez, que determina o ponto de partida das obras expostas no Paço das Artes: Por não ser existindo e Vivo desnudo.Por não ser existindo resgata Narciso. Mas na obra, diferente do Mito, ao querer se ver, na verdade, o interator revela o outro, ou outros que fazem dele ser o que é. A partir de uma referência da contemporaneidade, as redes sociais, o espelho não reflete apenas a si próprio. Compartilhada em tempo real, a imagem se constrói na alteridade. Ocupando o Espaço do quadrado, este site-specific encontra no ambiente de trocas das redes o reflexo do sujeito/interator contemporâneo, projetado em narrativas de suas experiências.Vivo desnudo ocupa a sala de vÃdeo Paço para Ver, um território em que a imagem cede lugar ao som. Eco é recuperada como referência para trazer da natureza a matéria prima desta obra. Como resultado dos gestos e movimentos do interator, vestido por peças de roupas, se estabelece a comunicação entre o corpo e o espaço, mediada pela tecnologia. Projetam-se no ambiente, sons que viajam dos campos e das florestas para o interior da sala.