Visitação
08/11/2003 a 14/12/2003
A poética sensÃvel da artista exprime indagações sobre o espaço-tempo, a memória coletiva e arcaica, o tempo cotidiano dos fatos atuais, que por meio da mÃdia impõem a realidade ao nosso dia a dia. Exprime ainda o tempo subjetivo a partir do qual ela procura impor sua presença e identidade
Na instalação 60 Seconds in a Lifetime, de Cristina Barroso, a consciência da finitude, a impessoalidade e o racionalismo (noções relacionadas a centenas de tabelas de tempo simetricamente dispostas) são contrapostos à s metáforas da transcendência e da ancestralidade (fotografias mostram sÃtios arqueológicos em Israel, na antiga região da Judéia). Esses emblemas da antiguidade funcionam como inserções pontuais no turbilhão frio e lógico das escalas, interrupções bruscas que chamam a atenção do espectador para aquele ponto, forçando-o a se deparar com indÃcios de um espaço-tempo remoto, memória coletiva e arcaica que atravessa o tempo e por ele é impregnada. A ampla superfÃcie de fundo, construÃda por estes pequenos formulários, opera também como um suporte para as imagens.