Bate-papo com artistas | Efe Godoy e Gabriela Noujaim

Com o objetivo em abrir o diálogo com artistas contemporâneos, o Paço das Artes convida Efe Godoy e Gabriela Noujaim, que integram a exposição em cartaz, “NÓS – arte e ciência por mulheres”, para uma conversa no perfil do Instagram do Paço das Artes sobre suas poéticas e processos criativos, procurando aproximar o público interessado do ambiente do ateliê e do mercado de arte atual, além de aprofundar o sentido de suas obras presentes na exposição. A mediação é do curador do Paço das Artes, Renato De Cara.  

Sobre a exposição  

A exposição “NÓS – arte e ciência por mulheres” trata da trajetória das mulheres na produção do conhecimento, desde a sabedoria ancestral das feiticeiras e curandeiras até a presença das mulheres nas instituições científicas nos dias de hoje. Sob uma perspectiva histórica, a narrativa apresenta alguns nomes importantes para o desenvolvimento científico através de relações curatoriais entre seus temas de pesquisa, iconografia histórica, acervos científicos e trabalhos de arte contemporânea. 

A exposição conta com a curadoria do coletivo curatorial do estúdio M’Baraká, formado por Isabel Seixas, Letícia Stallone, Gisele Vargas e Diego Rezente, e com consultoria de Magali Romero, especializada em história da ciência. 

Sobre as artistas: 

Gabriela Noujaim (Rio de Janeiro, 1983 se insere em uma tradição de exploração dos limites e possibilidade da gravura, com nomes como Fayga Ostrower, Anna Letycia, Anna Maria Maiolino, Anna Bella Geiger e Leya Mira Brander. Formada em Gravura pela Escola de Belas Artes da UFRJ em 2007, tem obras no acervo da fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, Portugal. Em 2022, participou da coletiva “Poder da terra”, na Montoro12 Gallery, em Bruxelas, Bélgica. Em 2021, realizou uma individual no Museu Nacional da República, Brasília-Distrito Federal. Em 2020, participou da ARTFEM – Women Artists 2nd International Biennial of Macau, China, e da exposição e da residência artística Capacete, no Rio de Janeiro. Em 2019, realizou a exposição “Maracá”, na galeria Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Rio de Janeiro. Recebeu menção Honrosa no festival de videoarte Lumen EX (Badajoz, Espanha), foi finalista do 3m Love Songs Festival no Instituto Tomie Ohtake (2014), recebeu o prêmio de aquisição do 39º Salão de Arte Contemporânea de Santo André (2011) e foi indicada ao Prêmio PIPA (2012). Possui obras nas coleções da Pinacoteca de São Paulo, Museu de Arte do Rio, Instituto Ibero-Americano, Berlim, Centro Cultural São Paulo, Museu de Arte Digital, Valência, Palácio de las Artes Belgrano, Buenos Aires, Casa da Cultura da América Latina (CAL/UnB), Escola de Artes Visuais Parque Lage, Galeria Cândido Mendes, Rio de Janeiro; Sesc, Copacabana, e Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro. 

Efe Godoy é artista visual míope, poeta, transvestigenere, ela/dela. Pesquisa hibridismo em suas variadas linguagens (vídeo, desenho e performance), com ênfase em recortes de memórias da infância e fabulações espontâneas. Efe Godoy, natural da cidade de Sete Lagoas/MG, hoje vive e trabalha em Belo Horizonte. Passeou pela Escola Guignard da UEMG e continua sua formação através de vivências em residências no Brasil e exterior. Algumas dessas vivências transformadoras se deram nos últimos anos, como a Bolsa Pampulha 2015/2016; a residência artística no Espacio de Arte Contemporáneo em Montevidéu, Uruguai, em 2018; residência Adelina, em São Paulo, 2018; e Hemiencuentro _ Instituto Hemispheric NY University, na Cidade do México, 2019. Também participou da mostra “Verbo” de performance na Galeria Vermelho, em São Paulo e recebeu o Prêmio do do Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional do MARP, em 2020, além de ter sido indicada ao Prêmio Pipa em 2022. De uma maneira simples, tenta interferir na vida das pessoas com a reverberação da palavra afeto. Efe interage nas redes sociais estreitando os espaços íntimos entre vida e arte: @efegodoy. 

Sobre o mediador: 

Renato De Cara é formado em Jornalismo pela PUC-SP em 1985. Em 2006, criou a Galeria Mezanino e, até 2017, produziu e realizou a curadoria de exposições individuais e coletivas, apresentando novos nomes e resgatando artistas em meio de carreira, cruzando linguagens e propondo novas abordagens no mercado de arte contemporânea. Em 2018, foi diretor do Departamento de Museus da Cidade, com 15 equipamentos em casas e prédios históricos, configurando o Museu da Cidade de São Paulo. De 2020 a 2022, colaborou com conteúdo de artes visuais para o Centro Cultural b_arco e também para a galeria de arte contemporânea de mesmo nome. Hoje é curador do Paço das Artes e dá consultoria de arte e mentoria para variados clientes, artistas e instituições privadas.