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A performance e os povos indígenas

Curso on-line

Data

07/04/2022 a 05/05/2022

7, 14, 28 de abril, 05 de maio, quintas, das 19h às 21h.

Vagas: 40 vagas

Valor: R$ 120

Local: As aulas acontecem on-line, ao vivo (pelo Zoom), e a gravação pode ser acessada por até uma semana após o último encontro, mediante solicitação.

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Emergindo de recortes históricos e narrativos desde a invasão de Abya Yala até o que chamamos de Arte Indígena Contemporânea, o curso aponta para uma discussão sobre o conceito de performance em seus diversos espectros. Os encontros abordarão desde a atribuição da noção de performance como ausência de arquivo nas populações nativas pré-invasão até os meandros de categorização das práticas com o corpo de indígenas artistas contemporâneos.

O curso possui caráter expositivo, assim como haverá um espaço destinado para o compartilhamento de saberes coletivos a cada encontro. O escopo teórico da oficina será disponibilizado através de uma pasta on-line.

Aula 1 | O arquivo versus o corpo: discussão sobre como a ausência da escrita (arquivo) se fez metodologia colonial de “outrificação” indígena em detrimento da comunicação extraverbal (performance). Os pensamentos sobre performance e arquivo estruturado pela autora mexicana Diana Taylor serão faróis que comporão a base para os demais encontros do curso.

Aula 2 | O que é performance?: a pergunta que denomina o segundo encontro ressoará como guia para as discussões sobre as diversas definições de performance. Desde uma breve retomada da historiografia ocidental de Jorge Glusberg até as provocações sobre o conceito de performance costuradas pela presença sul-africana Lhola Amira, em confluência com os estudos de Diana Taylor abordados no primeiro encontro.

Aula 3 | O que não é performance?: discussão sobre como a performance está inserida no sistema das artes visuais e análise de questões a partir de uma perspectiva indígena. Discussão sobre o conceito de arte para refletir sobre a existência de atos do corpo indígena que tensionam o sentido de arte ocidental. Servirão como guias or atos de Ailton Krenak, Iracema Kaingang e Seth Cardinal Dodginghorse, assim como a sociologia da imagem enquanto práxis geradas pela pensadora aymara Silvia Rivera Cusicanqui.

Aula 4 | Corporificações/incorporações na Arte Indígena Contemporânea: diante do conceito de Arte Indígena Contemporânea (AIC) elaborado por Jaider Esbell, serão apontados artistas indígenas que transitam ou habitam a “performance” e seus desdobramentos enquanto prática.

A partir desses apontamentos, serão discutidas as artesanias componentes desse amplo espectro no que tange aos atos do corpo indígena na AIC. Não obstante, serão destacadas as relações entre expressividade, corporeidade, territorialidade e espiritualidade como pontos transversais nessas experiências.

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Sobre o professor

Abiniel João Nascimento
é indígena Tabajara (PE), idealizador da Ka’a Îuru – Escola da Memória, artista visual, curador e bacharel em Museologia (UFPE). Sua pesquisa habita o entorno das confluências entre espiritualidade, territorialidade e identidade indígenas.

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