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Bate-papo com artista | Gustavo Torrezan e Mario Gioia

Programação presencial e gratuita

Data

28/09/2023

Data: 28.09, quinta, das 19h às 20h



Local: Paço das Artes (Rua Albuquerque Lins, 1345)



Ingresso: gratuito



Classificação indicativa livre 

Como programação paralela à Temporada de Projetos 2023, o artista Gustavo Torrezan conversa com o crítico Mario Gioia, responsável pelo acompanhamento do artista na exposição. 



Sobre o projeto  

Exercícios cosmopolíticos 


Democracia e relações sociais disparam os Exercícios cosmopolíticos, de Gustavo Torrezan (1984). Na desconstrução dos símbolos nacionais, como a bandeira e suas estrelas, o artista provoca questionamentos “dos modos políticos de constituição da presença e da interação de quem e o que pode compor o mundo comum”, segundo o próprio artista; objetos e esculturas monocromáticas como dispositivos para se discutir a dinâmica da vida. 

As cosmopolíticas são os modos políticos de constituição da presença e da interação de quem e o que pode compor o mundo comum. Esse é o pano de fundo da série de trabalhos apresentada na proposta de Gustavo. Os trabalhos, construídos entre 2020 e 2021, configuram-se como dispositivos com os quais o artista busca refletir sobre as dinâmicas da vida, do poder e de jogo das forças que constroem ou organizam nossas práticas, pensamentos e relações. Os trabalhos se desdobram, metaforicamente, de um pensamento crítico a partir da desconfiguração da bandeira brasileira, de maneira a utilizar o elemento estrela para problematizar o convívio das diferenças e como são tecidos alicerces regimentares, influências, tensões, condicionantes e até mesmo combates naquilo que chamamos de democracia. 

Sobre o artista 

Gustavo Torrezan
(Piracicaba, SP, 1984) é artista, pesquisador e educador. Em sua prática artística, volta-se para a reflexão sobre as estruturas de poder que configuram historicamente as organizações coletivas, bem como suas constituições culturais e identitárias. Realiza trabalhos híbridos, nos quais se vale de diferentes materiais e disciplinas para discutir relações de domínio a partir das quais se modulam os processos de subjetivação da sociedade. Tem observado o papel do Estado, de seus regimes administrativos, de suas autoridades e instituições. Nesse processo, evoca os campos da sociologia e da geopolítica em suas pesquisas conceituais, muitas vezes fazendo uso de símbolos oficiais da nação para tensionar suas conotações. Para além da experimentação com a síntese formal e com procedimentos de revisão simbólica, propõe também o debate sobre os mecanismos de poder em dispositivos do sistema das artes, aproximando-se das questões de arquivo, memória, espaço e lugar. Por vezes, seus trabalhos insurgem de circunstâncias comunitárias específicas e aproximam-se dos processos sociais ligados a uma determinada localidade. Nesse sentido, as noções de colaboração e dialogia também vêm sendo exercitadas em sua produção. Vive e trabalha entre Piracicaba (SP) e São Paulo.  

Sobre o crítico 

Mario Gioia
(São Paulo, 1974) é curador independente e crítico de arte, graduado pela ECA-USP. Foi crítico convidado de 2013 a 2015 do Programa de Exposições do CCSP e fez, na mesma instituição, parte do grupo de críticos do Programa de Fotografia 2012. Em 2015, no CCSP, fez a curadoria de Ter lugar para ser. Em 2011, passou a integrar o grupo de críticos do Paço das Artes, instituição na qual fez o acompanhamento crítico de Luz vermelha (2015), de Fabio Flaks, Black Market (2012), de Paulo Almeida, e A riscar (2011), de Daniela Seixas, além de Ateliê Fidalga no Paço das Artes (2010). Em 2019, iniciou o projeto Perímetros, no Adelina Instituto, em São Paulo, dedicado a artistas ainda sem mostras individuais na cidade, que contou com cinco exposições solo de artistas da Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e interior do estado de São Paulo. Em 2016, a mostra Topofilias, com sua curadoria, no Margs (Museu de Arte do Rio Grande do Sul), em Porto Alegre, foi contemplada com o 10º Prêmio Açorianos, categoria desenho. Na feira ArtLima 2017 (Peru), assinou a curadoria da seção especial CAP Brasil, intitulada Sul-Sur, e fez o texto crítico de Territórios forjados (Sketch Galería, 2016), em Bogotá (Colômbia). Em 2018, assinou a seção curatorial dedicada ao Brasil na feira Pinta (Miami, EUA) e a curadoria de Esquinas que me atravessam, de Rodrigo Sassi (CCBB-SP). Já fez a curadoria de mostras em cidades como Brasília (Decifrações, Espaço Ecco, 2014), Porto Alegre (Fulgor na noite, Galeria Mamute, 2022), Rio de Janeiro (Histórias naturais, Caixa Cultural, 2014) e Salvador (Fragmentos de um discurso pictórico, Roberto Alban Galeria, 2017), entre outras. É colaborador de periódicos de artes como Arte al Día. 

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