Temporada de Projetos 2016

Visitação

25/11/2016 a 10/01/2017

Confira as últimas mostras da Temporada de Projetos 2016: “Trishacrete”, de Grasiele Sousa e Marina Takami, e “Oficina botânica ordinária”, de Bruno O. e Victor Tozarin.

O Paço das Artes –instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo– inaugura no dia 8 de dezembro as últimas mostras da Temporada de Projetos 2016: Trishacrete, de Grasiele Sousa e Marina Takami, e Oficina botânica ordinária, de Bruno O. e Victor Tozarin. As exposições ficam em cartaz até 8 de janeiro de 2017 no MIS. A entrada é gratuita.Em Trishacrete, Grasiele Sousa e Marina Takami propõem a repetição da performance Accumulation (1971), de Trisha Brown, referência na história da arte contemporânea e da dança. As artistas apropriam-se desta coreografia e realizam a reperformance da ação como cover e como releitura. Além das performances, três vídeos de registros destas versões ocuparão o espaço expositivo de forma a reforçar o sentido de acumulação presente na performance de referência.Enquanto a performance e o vídeo cover correspondem a versões mais elementares da original, a releitura incorpora movimentos retirados das coreografias das Chacretes, dançarinas do famoso programa de auditório apresentado por Chacrinha na TV. O objetivo é, segundo as artistas, levar adiante a tática de deslocamento de repertórios e manter o espírito provocativo de Trisha Brown. —œAproximamos, no território da arte, o gesto das Chacretes —“ entendido como um tipo de dança brasileira, concebido para o grande público —“ do gesto cotidiano de Trisha Brown em Accumulation —“ já deslocado para o universo da expressão artística—, explicam. Já Bruno O. e Victor Tozarin pretendem transformar o espaço expositivo de Oficina botânica ordinária numa espécie de laboratório temporário de pesquisas sobre a paisagem. A mostra está dividida em três seções. Na primeira delas, intitulada Breve estudo acerca da paisagem colonial (Jardim Europa), o duo apresenta fotografias, desenhos e objetos sobre o uso de plantas locais e exóticas nos projetos paisagísticos do bairro. A segunda parede reunirá gravuras produzidas em expedições realizadas com o público no entorno do prédio do MIS, onde o Paço está sediado atualmente, para coletar mudas. —œCom isso, pretendemos constituir um herbário de amostras do ambiente circundante, identificando e documentando o crescimento, condições de vida e interações entre os exemplares coletados—, dizem os artistas. Por fim, na seção Jardins recordados, o duo apresentará uma série de relatos em áudio e desenhos de exemplares botânicos dos arredores da antiga sede do Paço das Artes na Cidade Universitária, onde funcionou de 1994 a março de 2016. —œO exercício da coleta de relatos e narrativas de paisagens cotidianas constitui um terceiro acervo de imagens, que se relaciona não ao território em que se insere o MIS, mas ao deslocamento a qual a instituição foi submetida—, explicam.Atividades paralelasO Paço das Artes realizará, ainda, atividades paralelas em diálogo com as duas exposições. No dia da abertura, a dupla Bruno O., Victor Tozarin participam de uma visita guiada com Felipe Chaimovich, Maria Montero e Priscila Arantes (diretora artística e curadora do Paço das Artes) às 19h30. Às 20h, Grasiele Sousa e Marina Takami farão a primeira performance de Trishacrete.No dia 16 de dezembro, às 19h, será a vez da segunda performance da dupla, seguida pelo debate sobre Reperformance com Christine Mello, Grasiele Sousa, Marina Takami, Maurício Ianês e Priscila Arantes (mediação).

No dia 21 de dezembro, às 19h, como parte do projeto Oficina botânica ordinária, ocorre a roda de conversa —œEspacialidades e paisagens decoloniais—, com a arquiteta e urbanista Andreia Moassab. 
Segundo Moassab, o objetivo é debater a violência simbólica e epistêmica resultante da permanência da eurocentralidade nas representações e concepções de paisagens consideradas “desejáveis”. “Esse processo oculta, inferioriza, exclui e, no limite, criminaliza, paisagens e territórios não condizentes com o modelo civilizatório da modernidade ocidental. Neste sentido, a proposta da conversa é apontar, mesmo que preliminarmente, para uma valorização do subcontinente latino-americano e suas paisagens, como estratégia para a emancipação e empoderamento de uma natureza subalternizada”, afirma. Sobre a Temporada de ProjetosA vocação experimental do Paço das Artes é constatada, principalmente, por meio da Temporada de Projetos, que foi criada com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem. Concebida em 1996, a Temporada de Projetos teve sua primeira exposição realizada em 1997 e se tornou, ao longo dos anos, um rico celeiro para a cena da jovem arte contemporânea brasileira.Anualmente, a Temporada abre uma convocatória nacional selecionando nove projetos artísticos e um projeto de curadoria para serem desenvolvidos e produzidos com o respaldo do Paço das Artes. Os selecionados recebem acompanhamento crítico, a publicação de um catálogo sobre suas obras e um cachê de exibição. Desde seu surgimento, quando ainda era bienal (tornando-se anual em 2009), o programa possibilita a emergência de inúmeros artistas, curadores e críticos, muitos deles presentes na cena artística atual.Em 2014, o Paço das Artes lançou a plataforma digital MaPA: http://mapa.pacodasartes.org.br, concebida por Priscila Arantes, que reúne todos os artistas, curadores, críticos e membros do júri que passaram pela Temporada de Projetos.SERVIÇO Temporada de Projetos Paço das ArtesArtistas selecionados: 
Bruno Oliveira e Victor Tozarin – Oficina botânica ordinária 
Grasiele Sousa e Marina Takami – TrishacreteJúri: Fernando Oliva, Priscila Arantes e Thaís RivittiPré-seleção: Christiana Moraes, Larissa Souto, Mariana Sesma e Priscila ArantesAbertura: 8 de dezembro (quinta-feira) – 19h+ Visita guiada com Bruno O., Felipe Chaimovich, Maria Montero, Victor Tozarin e Priscila Arantes —“ 19h30+ Performance de Grasiele Sousa e Marina Takami —“ 20h+ Lançamento do livro —œOutras histórias na arte contemporânea—. Org.: Cauê Alves, Priscila Arantes e Simone OsthoffVisitação: até 8 janeiro de 2017GrátisPaço das Artes no MIS Av. Europa, 158, Jardim Europa, São Paulo/ SP; tel.: (11) 2117-4777Horários: terça a sábado, das 12h às 20h; domingo e feriado, das 11h às 19hAgendamentos de visitas orientadas: educativo@pacodasartes.org.brFale conosco: pacodasartes@pacodasartes.org.brwww.pacodasartes.org.brhttp://mapa.pacodasartes.org.br

Visitação

02/01/2016 a 28/03/2016

A primeira edição do ano reúne os trabalhos dos artistas Alex Oliveira, Anaisa Franco e Sergio Pinzón e do curador Philipe F. Augusto.

O Paço das Artes –instituição da Secretaria de Estado da Cultura– abre no dia 28 de janeiro a Temporada de Projetos 2016, programa de fomento, apoio e difusão da jovem arte contemporânea brasileira. A primeira edição do ano reúne os trabalhos dos artistas Alex Oliveira, Anaisa Franco e Sergio Pinzón e do curador Philipe F. Augusto, selecionados pelo júri composto por Fernando Oliva, Priscila Arantes (diretora artística e curadora do Paço das Artes) e Thaís Rivitti.Alex Oliveira apresenta a série fotográfica Fora do Lugar, produzida entre 2013 e 2014, a partir de deslocamentos geográficos realizados por seis cidades da Bahia: Caetité, Ibicoara, Ituaçu, Jequié, Paulo Afonso e Salvador. —œAs fotografias foram produzidas a partir da construção de uma autorrepresentação que propõe reforçar, na minha constituição de brasileiro mestiço, traços fenotípicos que me assemelham aos descendentes árabes, utilizando, para isso, uma vestimenta composta por uma túnica árabe, uma taeia (touca masculina) e um tecido árabe dourado—, diz o artista.Durante o processo de criação, Alex Oliveira buscou experimentar relações compositivas entre corpo e espaço, acaso e objetos diversos encontrados pelas andanças e derivas. Desta maneira, o artista investiga as semelhanças entre as paisagens da caatinga, sertão e as paisagens desérticas pontilhadas por oásis dos países do Oriente Médio. Na série Fora do Lugar, o artista propõe entremear fotografia e performance, memória e invenção, a partir de um jogo narrativo que mescla elementos reais e ficcionais. Anaisa Franco, por sua vez, reutiliza conceitos de psicologia como paranoia, ansiedade, vergonha e frustração para criar as esculturas eletrônicas de Psicossomáticos. —œOs estudos são materializados fisicamente formando seres esculturais —˜pensantes—™, comportamentais e sensíveis que se posicionam por meio da interconexão da matéria com o digital—, explica a artista.Dentro desta investigação, Anaisa Franco questiona a possibilidade de inserir comportamentos, sentimentos e emoções dentro de máquinas esculturais expandidas, que poderão se experimentadas pelo público por meio do contato humano (presença, toque, olhar).Já Sergio Pinzón elabora o inédito Projeto de ciclorama #2, que ocupará a calçada do Paço das Artes. A instalação é composta por três andaimes que suportam a imagem fragmentada e adaptada do ciclorama feito pelo pintor John Vanderlyn em 1818 do Jardim de Versalhes. A imagem é recuperada do site do Museu Metropolitan de Nova York e impressa na qualidade original do arquivo obtido sobre lona pra publicidade outdoor.Projeto de ciclorama #2 põe um diálogo as imagens do Jardim de Versalhes e a fachada do Paço das Artes, instigando o espectador a criar relações entre os dois lugares. A obra apropria-se também de materiais e estruturas que se encontram em prédios que estão sendo reformados. —œAssim, o trabalho surge também como pretensão, como tentativa de criar ilusões de um lugar, mas também de um estado das coisas, da vontade dos ideais modernos e da execução falha—, diz o artista.Além dos trabalhos destes três artistas, o Paço das Artes promove a inauguração de Jogo de forças, de Philipe F. Augusto, projeto curatorial selecionado para a Temporada de Projetos 2016. Jogo de forças reflete sobre as relações de forças ou relações de poder na sociedade por meio da noção de —œobra-dispositivo—. Segundo o curador, esse conceito se revela por meio dos trabalhos dos artistas que compõem a mostra. No espaço expositivo, as obras de Alexandre Colchete, Clara Ianni, Deyson Gilbert, Dias & Riedweg, Jaime Lauriano, Lucas Simões e Regina Parra relacionam-se por meio da criação de um campo de força. —œO trabalho se dá como catalisador de uma experiência política porque o artista opera no real e transgride um espaço delimitado de um plano psicossocial e institucional, criando estratégias de transformação de ações domesticadas dentro de um espaço partilhável—, diz.

No dia da abertura, a dupla Dias & Riedweg fará a performance NADA QUASE NADA (2016), uma encenação com leitura de textos do escritor Robert Walser, em diálogo com a instalação Blocão (2014). Esta obra é composta por 80 frases de conteúdo político, ditas em público entre 1944 e 2014. Também haverá uma ação dos espectadores sobra a obra Recalque diferencial (2015), do artista Lucas Simões.
Ao longo do ano, a instituição exibirá, ainda, os trabalhos dos demais artistas selecionados para a Temporada de Projetos 2016: Bruno Oliveira e Victor Tozarin, Grasiele Sousa e Marina Takami, José Viana (em colaboração com Camila Fialho), Raphaela Melsohn, Rafael Pagatini e Tiago Mestre.SERVIÇO Temporada de Projetos 2016Artistas selecionados: Alex Oliveira, Anaisa Franco e Sergio PinzónCurador selecionado: Philipe F. AugustoJúri: Fernando Oliva, Priscila Arantes (diretora artística e curadora do Paço das Artes) e Thaís RivittiPré-seleção: Christiana Moraes, Larissa Souto, Mariana Sesma e Priscila Arantes.Abertura: 28 de janeiro de 2016, quinta-feira, às 19hVisitação: até 27 de março de 2016Quartas a sextas-feiras, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 11h às 18h | Entrada gratuitaAgendamentos de visitas orientadas: educativo@pacodasartes.org.br Paço das ArtesAvenida da Universidade, 1, Cidade Universitária, São Paulo —“ SPTel.: (11) 3814-3842 | 3815-4895
Na mesma ocasião, a instituição inaugura o vídeo —œImpermanência—, de Marcia Vaitsman, e a exposição —œProgramando o visível—, de Harun Farocki.

Visitação

30/11/-0001

A Temporada de Projetos é um programa, que abre espaço ao fomento da produção artística, curatorial e crítica desde sua criação em 1997.

Paço das Artes divulga selecionados para a Temporada de Projetos 2016O Paço das Artes divulga os nomes dos selecionados para a Temporada de Projetos 2016, programa criado com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística emergente. O júri –formado por Fernando Oliva, Priscila Arantes (diretora artística e curadora do Paço das Artes) e Thaís Rivitti– escolheu nove projetos artísticos e um de curadoria, que serão expostos no ano que vem em datas a serem definidas pela instituição. 
Pré-seleção: Christiana Moraes, Larissa Souto, Mariana Sesma e Priscila Arantes.
Confira abaixo os aprovados:Projetos Artísticos
Alex Oliveira —“ Fora do LugarAnaisa Franco —“ PsicossomáticosBruno Oliveira e Victor Tozarin —“ Oficina Botânica OrdináriaGrasiele Sousa —“ TrishacreteJosé Viana (em colaboração com Camila Fialho) —“ 330 (ou Sobre uma única viagem)Raphaela Melsohn —“ Investigação em VÍDEO: registro, deslocamento do olhar e FORMAS DE PENSARRafael Pagatini —“ FissurasSergio Pinzón —“ Projeto de ciclorama #2Tiago Mestre —“ FundaçãoProjeto de Curadoria
Philipe F. Augusto —“ Jogo de forçasSUPLENTES
Projeto artístico
Jaime Lauriano —“ 02/02Felipe Chimicatti e Pedro Carvalho – Chã
Projeto de curadoria
Julia Coelho e Renan Araújo – Falso Ermitão
Sobre a Temporada de ProjetosA vocação experimental do Paço das Artes é constatada principalmente através da Temporada de Projetos, que foi criada com o objetivo de abrir espaço à produção, fomento e difusão da prática artística jovem. Concebida em 1996, pelo diretor técnico Ricardo Ribenboim (1996 —“ 1997) e pela então curadora da instituição, Daniela Bousso, a Temporada de Projetos teve sua primeira exposição realizada em 1997 e se tornou, ao longo dos anos, um rico celeiro para a cena da jovem arte contemporânea brasileira.Anualmente, a Temporada abre uma convocatória nacional selecionando nove projetos artísticos e um projeto de curadoria para serem desenvolvidos e produzidos com o respaldo do Paço das Artes. Os selecionados recebem acompanhamento crítico, a publicação de um catálogo sobre suas obras e um cachê de exibição. Desde seu surgimento, quando ainda era bienal (tornando-se anual em 2009), o programa recebeu mais de 5.000 portfólios e contabilizou mais de 250 exposições, possibilitando a emergência de inúmeros artistas, curadores e críticos, muitos deles presentes na cena artística atual.Inúmeros são os nomes de destaque na cena de arte contemporânea, selecionados quando ainda jovens ou em início de carreira para exibir seu trabalho no Paço das Artes por meio da convocatória da Temporada de Projetos. Para além de pretender fazer uma lista excessiva e exaustiva dos artistas que passaram pelo Paço das Artes através da convocatória de projetos o que é possível perceber é a importância de projetos como a Temporada de Projetos no sentido não somente de poder contribuir para alavancar novos nomes no cenário da arte contemporânea, mas de criar condições efetivas para a pesquisa em arte no Brasil.Em 2014, a Temporada de Projetos ganhou destaque com o lançamento da plataforma digital MaPA: http://mapa.pacodasartes.org.br e realização de exposição homônima, na qual foi destrinchada em uma linha do tempo que oferece ao público, de maneira clara, o nome de todos os artistas, curadores, críticos e membros do júri que passaram pela Temporada de Projetos. Em números são mais de 250 artistas, 15 projetos curatoriais, cerca de 80 críticos de arte e 45 jurados que fizeram, e continuam fazendo, parte dessa história.
Governo do Estado de SP